quinta-feira, 27 de junho de 2013

O FIM da História

Quando menos se espera e de quem menos se espera, vem à luz. A moça tinha o conhecimento que podia salvar o rapaz de si próprio. O rapaz deixou, e a moça entrou com as ordens de mudança, deu as dicas de comportamento, ofereceu a oportunidade perfeita e mais um domingo estava o rapaz a arrumar as malas e se preparando para uma mudança de ares. Se mudaria de cidade, deixaria mãe, pai, empresa, problemas e sonhos destruídos para traz. O que o aguarda é novidade, aprendizagem, carteira assinada e um voto de confiança da moça. Haveria razão pra aquele apoio e assistência todos? Haveria um resquício qualquer da paixão que um dia foi oferecido só para o rapaz? Haveria uma nova chance? Haveria o que não houve, seria o que não foi? Tem jeito? Tem forma? Tem razão? Tem coração? O coração do rapaz era a única coisa que parecia funcionar quando a moça aparecia na sua frente. Agora mais fria, mas contida, ainda divertida e sincera, franca! Aquela sinceridade que fere! Que morre e que mata! Ela continuava belíssima, mas não era mais do rapaz, ele entendia isso perfeitamente. Quem não haveria de entender? Uma frase definia suas atitudes em relação aquele relacionamento fracassado: PERDA DE UM IMENSO PROJETO DE AMOR E FAMÍLIA com aquela mulher indiscutivelmente única. Não houve uma única palavra, mesmo que já tendo sido pronunciada várias vezes por ela, pela moça, que nos lábios de outra se tornava tão, tão... Tão nada! Incomparável paixão oferecida. Como o mundo parece disfuncional quando se precisa tanto que ele funcione. Como a vida e o amor parecem tão simples quando o tudo de mais complicado sai da boca dela. Como que pode ser tão presente diante de tanta ausência de sentidos. Como a fé permanece firme no propósito de se alcançar o que se perdeu por um minuto de bobeira que faz anos passar sem nada se ganhar em troca. Uma única questão vinha à mente do rapaz arrependido: Eu tenho chance? Ele respondia a própria pergunta, afirmando: Eu tenho chance. Pedia a Deus, um sinal. Agora o rapaz estava muito perto da moça, em termos geográficos e distantes o suficiente para não sentir as mãos dela na dele. Uma palavra resumiria essa relação. Amizade. Voltamos àquela observação anterior sobre a persistência do rapaz. Uma característica nobre, mas que faz sofrer, aquele pratica que dói às vezes, não é fácil, bater numa porta onde há alguém e perceber que ninguém atende. Por opção. Se existe uma chance, se há alguma maneira de se aproximar e de algum jeito encontrar uma brecha, desde que o mundo é mundo, é propondo uma amizade inocente. E não teria como não ser amigo da moça, aquela moça tão arredia e tão presente a ponto de lhe ajudar e lhe tirar de uma situação difícil. Afinal de contas, ela não teria resistências quando o assunto é estar perto, convivendo e se divertindo como dois bons amigos. Houve um momento crítico, onde a moça precisou pedir auxílio ao rapaz amigo, o qual, em retribuição, ofereceu sem muito pensar, o apoio que a moça necessitava. Tudo isso fez aquela relação ter mais substância, uma essência tranquila, firme e uma troca, onde somente uma relação de amizade verdadeira consegue estruturar e manter. Numa noite qualquer, ou não, o rapaz propõe um jantar sem pretensões onde a mocinha aceita de primeira! Ôh Glória! Agora fica por conta da sua imaginação, mas as cenas seguiram mais ou menos assim: o moço entra no carro, sorri, a moça corresponde e num tom brincalhão solta uma gargalhada e pergunta pro moço “ estava com saudade??” antes que ele respondesse, a moça seguidamente sentiu aquele cheirinho de hortelã e perguntou “ me dá um chiclete? “depois dessa pergunta, se ela sou soubesse que tudo mudaria.... Um paralelo nesta história merece ser aberto aqui!O que se passou na cabeça do moço, ao responder aquela inocente pergunta com um beijo. Isso fica por conta da sua imaginação também. O que se pode afirmar, é que, um homem beija uma mulher e não levando em consideração o susto de uma atitude totalmente inesperada, tudo ao redor deles desapareceu. Depois de alguns segundos, vários segundos, diga-se de passagem, a moça empurra o rapaz com a mesma ousadia que ele partiu pra cima. De repente, os dois discutem como dois namorados e dão risada juntos. Vão comer uma pizza e conversam abertamente como nunca, talvez. Na volta pra casa, houve o beijo consentido, o abraço tão esperado e houve o olhar desconfiado da moça, como haveria de ser, houve vários pensamentos na cabeça do rapaz. O final da história é um final triste e um final feliz. É um final desconcertante e inesperado, é um final com altos e baixos, com tristezas e lágrimas, é um final contente e suave. O final é apenas o final, quem está preocupado com o final de uma história clássica como essa? O final não dá pra contar. O final é o hoje. É a constante tentativa em se buscar alguém que pelo cheiro te desperte a sensação de que no final, tudo dará certo. Estando juntos ou separados. Jovens ou velhos. O final será humano, inconstante, complexo e surpreendente. E a moça e o rapaz terão que sobreviver para chegarem até lá. Conscientes da dependência Divina em suas vidas, pois Deus é o único que pode contar o final dessa história e estar lá no FIM para explicar a eles o real sentido do AMOR.

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